terça-feira, 19 de novembro de 2013

Recuperação de Piscina com Argamassa Polimérica


A impermeabilização de piscinas de médias e grandes dimensões, sejam elas elevadas ou enterradas, é usualmente feita no Brasil, com manta asfáltica.


A utilização de argamassas poliméricas na impermeabilização de piscinas é fato relativamente recente, e os técnicos, não raramente, rejeitam esta metodologia de trabalho, muito provavelmente devido à quase inexistência de relatos experimentais desta prática que conduziram à soluções de sucesso.


A flexibilidade das argamassas poliméricas é inferior à das mantas asfálticas top de linha  (não comparar com mantas recicladas venidas no varejo e que não chegam a pesar mais que 20 kg o rolo de 10m²). A manta asfáltica de qualidade com 4mm e com material nobre e uma alma reforçada é um material que apresenta características de robustez. Entretanto, consideradas as particularidades da estrutura que se pretende impermeabilizar, o emprego das argamassas poliméricas, hoje muito mais desenvolvidas do ponto de vista tecnológico, torna-se uma opção tecnicamente  e economicamente  interessante, quando comparada à escolha dos pré-fabricados asfálticos (mantas).


Estruturas mais rígidas como, por exemplo, reservatórios e piscinas enterrados, são os casos típicos da preferência de aplicação das argamassas poliméricas. Isto porque, nestes casos, a flexibilidade e robustez contam muito menos que a facilidade na aplicação das proteções mecânicas e dos revestimentos que, muitas vezes, podem ser assentados diretamente sobre o substrato impermeabilizado, dado que o adesivo utilizado nos revestimentos (argamassas colantes) é física e quimicamente compatível com os impermeabilizantes cimentícios. Além disso, as dificuldades envolvidas na aplicação das proteções mecânicas em paredes de piscinas impermeabilizadas com mantas asfálticas, que obrigatoriamente utilizam telas metálicas galvanizadas, podem ocasionar perfuração involuntária dos pré-fabricados impermeabilizantes, de difícil detecção prática, comprometendo a estanqueidade do elemento impermeabilizado.


Outra restrição importante ao uso de pré-fabricados asfálticos em piscinas ou reservatórios enterrados é o fato de que a umidade do solo que circunda a estrutura pode, eventualmente, percolar pela matriz porosa dos materiais que a constituem, vindo, eventualmente, a soltar a manta asfáltica por descolamento do substrato previamente imprimado. Tais dificuldades não se notam na opção pelas argamassas poliméricas (suporta pressão negativa e positiva), seja pela facilidade na identificação de eventuais danos à impermeabilização imediatamente antes da aplicação dos revestimentos, seja pela alta adesividade deste material (conseguida fisicamente, pela ancoragem do material impermeabilizante aos poros da argamassa de substrato) que impede o fluxo da umidade percolante ao corpo da impermeabilização principal.



Desafio:
03 piscinas apresentavam impermeabilização asfáltica pré-fabricada, projetada por conceituado escritório de projetos. A impermeabilização foi executada como prescrevia o projeto, entretanto, o nível das piscinas começou a baixar significativamente após alguns anos de uso.



Foi contratada, pelo Condomínio, uma empresa especializada em instalações de piscinas, que realizou alguns testes hidráulicos e investigações minimamente invasivas, tendo constatado haver ruptura na tubulação de sucção e retorno, especialmente nos adaptadores em que se fixavam os correspondentes dispositivos. Estas conexões, por influência de esforços causados por recalques do solo adjacente à tubulação que, por sua vez, não se encontrava devidamente escorada e isolada das influências do aterro, sofreram ruptura por trás da manta asfáltica. Como conseqüência, a água da tubulação de retorno acabou por exercer uma pressão importante sobre a superfície da manta asfáltica que estava aderida à parede da piscina, soltando-a do substrato imprimado e causando um significativo deslocamento da proteção mecânica e do revestimento das paredes das piscinas, o que obrigou à demolição das camadas exteriores com conseqüentes danos ao revestimento impermeabilizante existente. Assim, todo o revestimento cerâmico, argamassa de proteção e impermeabilização tiveram de ser demolidos e descartados.


Objetivando restaurar a impermeabilização e os revestimentos das piscinas em um curto período de tempo e a um custo que fosse compatível com as disponibilidades do Condomínio, foram estudadas algumas alternativas pela comissão de obras, tendo a mesma, optado pela utilização de argamassas poliméricas impermeabilizantes e de revestimentos com pastilhas. Convém salientar que a tomada de decisão quanto ao sistema de impermeabilização a ser utilizado foi sensivelmente influenciada pela proximidade do verão e das férias natalinas, já que a obra iniciou-se em meados de Outubro.


O desafio consistiu em adequar o substrato para a impermeabilização cimentícia, executar a impermeabilização e aplicar os revestimentos no menor período de tempo possível, apesar das adversidades climáticas típicas do verão, disponibilizando as piscinas para uso dos condôminos ainda no período de férias escolares.


Depois de retirada a manta impermeabilizante, restou uma argamassa de regularização bastante firme, mas totalmente impregnada com imprimação asfáltica, que impedia a aplicação direta dos impermeabilizantes acrílicos. Sugeriu-se o procedimento de desbastar todo o substrato com disco diamantado, de forma a retirar as porções imprimadas, e, seqüencialmente, iniciar a aplicação da impermeabilização cimentícia. Entretanto, o empreiteiro principal optou por retirar completamente a Argamassa de regularização impregnada por “primer” asfáltico e refazê-la com argamassa de cimento e areia aditivada com emulsão adesiva acrílica, e aplicar os revestimentos com argamassa colante tipo AC-3 diretamente sobre a impermeabilização. Devido à elevada espessura desta camada nas paredes, que em alguns locais chegava a 11 centímetros, tornou-se obrigatória a utilização de tela de aço com tripla galvanização, de maneira a reforçar a argamassa, conforme preconiza norma brasileira específica.


A regularização do piso foi considerada a tarefa de maior risco, pois, considerada a incidência da abundante insolação, típica do verão, esforços oriundos da retração diferencial das argamassas em relação à estrutura de concreto tenderiam a desprendê-la do substrato. Assim, foi utilizado um promotor de aderência  o Rheomix 104, aliado a uma cura úmida da argamassa, que veio a atingir os objetivos pretendidos. A espessura da camada foi a menor possível, visando sempre minimizar os efeitos da retração e objetivando aplicar a impermeabilização sobre uma superfície estável e sólida.


A regularização das paredes resultou adequada para a aplicação das argamassas poliméricas, mas o trabalho realizado no fundo das piscinas exigiu que se executasse, após a aplicação da impermeabilização, uma nova camada de regularização com caimento em direção aos drenos de fundo, de maneira a favorecer o perfeito escoamento das águas quando da secagem das piscinas. Assim, depois de curada a impermeabilização do fundo, foi necessária uma segunda utilização do Rheomix 104 como promotor de aderência entre o impermeabilizante cimentício e a segunda camada de regularização.



Solução:
Estando os substratos devidamente preparados, foram utilizados os impermeabilizantes Masterseal 515 Top e Masterseal 550 Top, devidamente armados com tela industrial de poliéster revestida com PVC. A opção por este tipo especial de tela foi feita pelo fato de este material apresentar duas características absolutamente desejáveis no caso de impermeabilizações cimentícias flexíveis : 
a) a presença do polímero PVC revestindo os fios de poliéster, o que impede que o elevado ph do material impermeabilizante degenere o material da tela;
 b) o fato de a tela encontrar-se revestida confere uma superior resistência mecânica à mesma e, conseqüentemente, uma maior consistência à impermeabilização assim constituída. 
A taxa de utilização aproximada do Masterseal 515 Top foi de 2 kg/m² e a do Masterseal 550 Top foi de 2,5 kg/m².
Os impermeabilizantes foram aplicados a trincha e a vassoura de cerdas macias, de modo que a demão de acabamento foi feita por 1 demão de Masterseal 515 Top, preparando o substrato para receber a aplicação do revestimento das paredes diretamente sobre o material impermeabilizante, colado com argamassa tipo AC-3. No fundo das piscinas, como já mencionado, o assentamento dos revestimentos foi feito sobre nova camada cimentícia, executada para conferir caimento adequado em direção aos drenos de fundo.



Cuidados especiais foram destinados aos acabamentos da impermeabilização junto à tubulação emergente. A camada de regularização foi executada de forma que, junto aos dutos de sucção e retorno, um rebaixo cônico da massa, de cerca de 40 cm de diâmetro, permitia que o acabamento da impermeabilização fosse feito ao redor do tubo de PVC, devidamente coberto e circundado por uma camada do adesivo epoxídico Concresive 227 Poxi, conforme detalhe disposto na ilustração 3, a seguir. Nas prainhas, a impermeabilização recebeu acabamento com pedras ornamentais tipo “são-tomé”, assentadas com argamassa de cimento com adição do plastificante Mastercal, sobre substrato previamente preparado com Rheomix 104 e Master 1”.


Os aspectos relevantes que diferenciam a utilização dos produtos da BASF na aplicação em pauta, versus utilização de mantas asfálticas para o mesmo fim são a seguir elencados:


1-A utilização de argamassas poliméricas na impermeabilização de piscinas permite a aplicação direta dos revestimentos cerâmicos ou vidrados sobre o substrato impermeabilizado, dispensando camadas cimentícias de proteção à impermeabilização, como as aplicadas em proteções sobre mantas asfálticas, sempre devidamente armadas com tela de aço com tripla galvanização ou pintura epoxídica; este fato conduz a uma redução significativa de custos, tanto de materiais quanto de serviços, já que se pode prescindir da aplicação de tal camada protetora;


2-O risco de ocorrerem ferimentos na camada impermeabilizante quando da aplicação dos revestimentos é notadamente menor nas impermeabilizações com argamassa polimérica que no caso das mantas asfálticas, já que a manipulação das telas da armadura da proteção, para posicionamento em arranjo adequado, não raro causam ferimentos de difícil detecção nos pré-moldados asfálticos impermeabilizantes; o mesmo ocorre quando do lançamento da argamassa de proteção sobre a tela, que tem como atividade prévia o taliscamento do substrato horizontal e vertical, tarefa bastante trabalhosa e delicada que pode igualmente ocasionar ferimentos difíceis de localizar nos materiais impermeabilizantes;


3-O poder cristalizante da argamassa polimérica previne a percolação de água no sentido de fluxo do meio poroso (solo) para o interior da piscina, que de outro modo poderia ocasionar uma pressão neutra capaz de descolar os revestimentos e suas eventuais camadas-berço.




Conclusão:
A utilização dos produtos BASF em impermeabilização e re-impermeabilização de piscinas enterradas fornece uma solução econômica e segura. Graças às características peculiares dos produtos BASF, à assistência técnica sempre presente da fornecedora e ao atendimento diferenciado da Distribuidora, consegue-se manter um relacionamento que favorece o fornecimento e aplicação de produtos e a emissão de soluções tecnológicas objetivando satisfazer as necessidades do Cliente.



A utilização de argamassas poliméricas em impermeabilização para a construção civil tem aumentado de maneira expressiva nos últimos anos, particularmente depois do surgimento no mercado, de algumas argamassas com flexibilidade superior, especialmente desenvolvidas para situações em que os materiais semi-rígidos não se comportam de forma adequada, como por exemplo, em posições da estrutura com concentração de tensões (arestas, intercepções de emergentes, substrato com tendência à fissuração, etc.).


A utilização conjunta das argamassas flexíveis e das semiflexíveis armadas com telas industriais poliméricas tem possibilitado substituir alguns sistemas impermeabilizantes que implicam em alto custo total, com a vantagem de se poder contar com a segurança de um sistema desenvolvido para durar e constituído dos melhores componentes acrílicos fabricados no mercado nacional, fornecidos pela BASF Construction Chemicals. O uso destes materiais acrílico-cimentícios não se restringe a piscinas. Eles podem ser utilizados em praticamente todas as fases da construção de uma edificação, seja ela residencial ou industrial, além de terem participação obrigatória em quase todas as obras de recuperação estrutural.


A utilização aqui enfocada das argamassas poliméricas, revela apenas um item dentre os muitos materiais que têm demanda certa nas obras de construção e manutenção residencial e industrial. Outros materiais também fornecidos pela Distribuidora à Contratante, e que têm potencial de vendas extremamente elevado, são grautes, adesivos epoxídicos, pinturas de proteção, argamassas de reparo e selantes.



Demolição da argamassa de regularização da piscina – notem-se as superfícies impregnadas com imprimação asfáltica



Estrutura da piscina com argamassa de regularização da manta previamente demolida


Rebaixo cônico ao redor da tubulação emergente (retorno) executado na camada de regularização para possibilitar o perfeito acabamento da impermeabilização


Parede regularizada, preparada para aplicação dos impermeabilizantes acrílico-cimentícios


Impermeabilização com Masterseal 515 Top + Masterseal 550 Top aplicada em uma das piscinas, em processo de cura

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Fachadas de Edifícios- Selamento de Juntas


    Os revestimentos de fachadas devem apresentar as propriedades para os fins a que se destinam - proteção e vedação da edificação contra a ação de agentes externos agressivos, quanto ao efeito estético e de valorização patrimonial, compatível com a nobreza e custo elevado do material.

    Em muitas ocasiões não são devidamente planejados, quer pela elaboração de um projeto específico, com o detalhamento das interferências, propriedades dos materiais, normalizações pertinentes, juntas de dilatação, tolerâncias e controles, metodologia de execução, conciliação com outros elementos integrantes da fachada, bem como da execução deficiente e sem atender e respeitar as características reológicas dos materiais componentes da edificação e dos elementos constituintes da fachada. Aliado a isto se observa falhas devido ao controle deficiente, na seleção e recebimento de materiais.

    Como resultado final, obtém-se um revestimento de baixa qualidade e de desempenho insatisfatório, que leva a crer não ter condições de atender à elevada durabilidade e impermeabilidade, que é inerente a este tipo de revestimento.

    Para o alívio das tensões; oriundas de variações térmicas, variação de umidade, deformações lentas, variações de cargas e esforços, deformações pela ação do vento e todas as leis da física aplicáveis ao caso, aliadas às características reológicas dos materiais, obrigatoriamente exige-se a criação de juntas de alívio de tensões que, em muitas ocasiões, são esquecidas pelos construtores.

    As restrições impostas pela ausência de juntas geram esforços de magnitude extremamente elevadas, impossíveis de serem absorvidas pelos materiais integrantes da fachada, que são rígidos, levando a acarretar diversas patologias, principalmente ao descolamento das placas de revestimento, cuja aderência à argamassa do substrato não é elevada. Caso a aderência das placas fosse suficientemente elevada, maior do que a resistência do revestimento de granito, cerâmica ou pastilhas de vidro, estes últimos é que seriam rompidos, tais as magnitudes dos esforços envolvidos.

    A inexistência de juntas de alívio de tensões no revestimento, com o assentamento das peças com junta seca (peças encostadas uma às outras), ou rejuntadas com argamassa rígida, obviamente acarretam no desprendimento das placas de revestimento da fachada.

    O alívio de tensões dos materiais de revestimentos de paredes externas já é objeto de Normas Técnicas, como demonstrado abaixo:
• NBR 8.214 - Assentamento de azulejos, editada em outubro de 1983.
• NBR 13.755 - Revestimento de paredes externas e fachadas com placas de cerâmicas e com utilização de argamassa colante - Procedimento, editada em dezembro de 1996.
• NBR 13.707 - Projeto de revestimento de paredes e estruturas com placas de rocha - Procedimento, editada em julho de 1996.
• NBR 13.708/96 - Execução e inspeção de revestimento de paredes e estruturas com placas de rocha - Procedimento, editada em julho de 1996. 


Desafio:

    Desde que a BASF - Químicos para Construção, iniciou a distribuição do selante NP1 no Brasil – um dos selantes para juntas mais vendidos nos Estados Unidos – houve a preocupação de descobrir como conquistar um mercado tão disputado, com tantas marcas tão díspares entre si, oferecendo um produto que trouxesse garantia, qualidade e confiabilidade às construtoras. 

    Será que todos os selantes existentes no mercado oferecem a mesma adesão, a mesma facilidade de aplicação, a mesma durabilidade?
   Será que nenhum dos selantes oferecem desperdício algum? 
   Será que todos oferecem o mesmo acabamento? 
  Será que todos os selantes não mancham a cerâmica, mármore ou granito ? (tipos silicones ou poliuretanos de plastificação externa). 
   Enfim, será que todos os selantes eram iguais? 
   Qual seria a diferença entre o NP1 e seus concorrentes?


Solução:

    Todo selante de poliuretano tem em sua composição basicamente três componentes: poliuretano, carga e aditivos.      Os aditivos podem ser de plastificação interna ou externa. Os aditivos de plastificação externa são os mais baratos, mas tendem a migrar à superfície e posteriormente manchar o revestimento. Por outro lado, a carga é o elemento mais barato da fórmula e o poliuretano o mais caro.

   No mercado brasileiro há selantes com até 60% de carga e apenas 12% de poliuretano enquanto outros possuem até 68% de poliuretano e apenas 20% de carga. NP1 tem 68% de poliuretano e 32% de carga. Infelizmente o comprador e os engenheiros não conseguem distinguir estas diferenças técnicas entre os tipos de selantes.


Antes do início é feito um treinamento e é acompanhado o início da aplicação

Vista da aplicação da junta de dilatação

Vista frontal do edifício

Também houve o selamento das juntas das garagens